terça-feira, 21 de junho de 2011

Essa madrugada


As horas passam no relógio, mas parece que o tempo aqui não passa e essa noite não quer acabar não consigo dormir e meu refugio e esta folha de papel sem nem eu mesmo saber realmente o que quero escrever.

Acho que quero fugir. Fugir de um pensamento que não sai da minha cabeça, fugir dessa fusão que eu fiz para te trancar assim dentro de mim. Nunca doeu tanto ser/pertencer a alguém.

Já pedi tanto para não lembrar que existe e que existiu em minha vida, para esquecer que me dediquei nove meses ao teu falso amor, sendo todos os dias para ti.

Talvez eu tenha me entregado demais e talvez o erro tenha sido todo meu, você não me prometeu nada, talvez eu tenha te inventando em minha cabeça, inventado tudo o que vivi. São tantos talvez. Hoje a única coisa que eu tenho certa é a minha dor, que foi o que me sobrou é a única coisa real no nosso relacionamento.

Toda essa dor me dá forças - porque eu sei que preciso de forças- e sabemos que uma hora saio daqui de onde me deixou e assim como o nosso amor meu sofrimento não será para sempre.

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