quinta-feira, 14 de julho de 2011

CARTA PARA VOCÊ.

Por Luan Gentil

Passei dias tentando escrever algo que fosse simbólico, porém sincero. Caneta e papel à mão, mas quase abandonado por qualquer inspiração. pensei em histórias, pensei na lua, cacei rimas que pudessem me traduzir como porta-voz de tudo que há nesse meu coração, hoje, falido. Devo dizer-lhe, que ainda nada encontrei. nenhum termo, nenhum expressão capaz de transmitir-lhe com exatidão a beleza dessas flores que cultivo em meu coração. As vezes acho que o que sinto é tanto, que na ebulição do meu eu AMOR, esse meu vigor se esvai ao invés de se expandir, sem querer decepcionar-te, acabo por fazê-lo, por isso peço-te que me perdoe, uma vez que ainda não passo de menino aprendendo do que se trata essas coisas de AMOR. Eu quero dizer que em alguns momentos eu paro diante desta página e a encaro por instantes eternos. Tentando definir a proporção exata desta aresta de luz que me ilumina quando repito teu nome. As vezes é com o se eu fosse de janeiro a dezembro estático na imensidão de um sonho lindo que sempre tenho quando pense no teu sorriso. Devo dizer que foi a coisa mais bela que já me ocorreu, isso me fez mudar, me fez querer ser objeto e razão dele.

Desculpe se meu gesto, por desventura, te incomodar, não sei que vida tu podes ter agora... Um noivado, talvez um matrimônio, ou uma paixão ainda mais densa do que a minha... Talvez... Eternamente distante desta minha, solitária órbita. Mesmo assim, desculpe-me. Se alguma coisa sentistes por mim, e agora se entristece por minha reação tardia, saiba o quanto fora doloroso transtornar-me por todos esses anos com os segredos de meu coração que por tua perda, transborda em lágrimas secas e sufocadas por minha expressão vazia e descrente. Desculpe-me por extravasá-las todas de uma vez por esta carta que mais parece um ADEUS amargo do que um OLÁ afetuoso, mas é por que reconheço que o tempo que esperei fora muito longo, mas quero lhe dizer logo tudo que sonhei dize-te um dia, bem de pertinho, talvez colado em teu ouvido, tocando tua pele e teus cabelos. Enumerando as fontes de tua beleza, para que minha paixão fizesse cativa a tua.. . Tenha certeza que eu passaria a eternidade fazendo isso, se me fosse permitido. Mas por esta carta... O que posso dizer-te? que minha maior alegria fora ver teu rosto bem de perto sob a luz de um luar de domingo, tornando tudo que eu ali havia vivido, verdadeiramente lindo. E todas aqueles estrelas reluzentes, refletidas em teus olhos negros, e o vento que para o ar jogava teus cabelos e os fazia dançar como se fossem livres, sozinhos... Tua voz...  Ah! tua voz...! Vê? o amor que me toma quando de ti recordo me deixa em êxtase. Tumultua meus pensamentos, porque no fim das contas tudo o que quero pensar diz respeito a ti.

Não espero que nenhuma de minhas palavras, mal utilizadas, te comova. Nem que corras em desespero para o interior de meu abraço. Só o que preciso que saiba e que o que senti, com todas as minhas forças eu senti. E se um dia pensares que nunca fora amada, leia novamente as palavras, quase balbuciadas, que escrevi para ti, e então se ponha para as carícias dos ventos, como na pequena cena que descrevi. E que a ultima coisa que pense seja nesse carinho, esplendoroso, que guardo por ti. Prometa-me isso.

Quero que saiba. que a todos os dias olho para lua, como um jovem louco, desvairado, tentando encontrar aquele mesmo brilho que vi resplandecer em tua face tão doce e suave. Jamais o encontrei...E vez o outra penso: Talvez não tenha sido a lua... E quando um sorriso me acrescenta e então concluo: Talvez tenha sido apenas... Ela... E o sorriso então preservo, depois de cada nascer do sol, até um novo LUAR...
 
De todo meu carinho!

3 comentários:

  1. TINHA QUE SER O LUAN. Égua do moleque safo. É uma honra ter a amizade desse gafanhoto tão talentoso. rs *-*

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  2. Ficou simbolico e extremamente sincero, exatamente como ele pretendia.

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  3. Luanzito, nem deu para comentar antes devido a correria dos dias. Mas teu texto tá muito lindo. Obrigado pela colaboração. Um abraço amigão!

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