terça-feira, 27 de julho de 2010

Um sábado à noite

Mais do que apressado eu tomei um banho, afinal, já eram, 19h30, e eu tinha combinado de está na praça às 20h, e não queria me atrasar. Na verdade a ansiedade não me deixava ficar mais um segundo em casa. Eu, depois de uns três meses sem manter contato algum estava com o coração em descompasso. Eu sair e no ônibus minha cabeça me fazia mil perguntas eu estava entre o certo e o errado entra a verdade e a mentira. Ai, como estava confuso, com medo. Com muito medo de está mais uma vez fazendo a escolha errada, como nós seres humanos somos tão confusos, porque temos medo de errar? Temos que viver as possibilidades que existem, temos que ariscar, é melhor isso do que a duvida.
Voltando a hestoria de minha noite... Desci do ônibus e fui em direção a praça, meu coração estava a cada passo mais acelerado. Cada vez mais fora do meu domínio. Por um instante eu pensei que todos na rua poderiam ouvi-lo. Eu fui em direção ao hotel em que ele trabalha e fiquei lá na frente olhando-o. Ainda pensando no que estava fazendo ali, se aquele era realmente o meu lugar. Ele saiu e como naqueles filmes da “Tela Quente” estávamos ali um em frente ao outro, sem saber o que dizer, eu que sempre fui falante, sempre tive resposta para tudo, não sabia o que dizer, ele estava tranqüilo, eu sei que o amor que existiu, hoje só existe par mim. Estou bem ciente de onde estou pisando e talvez eu sofra (ninguém está livre do sofrer), mais que se danem, não sei se acredito em “felizes para sempre”. Acredito na felicidade a dois, não sei se ela é eterna. A parti daquele dia, decidir ser feliz ou pelo menos tentar.
Em casa já ficamos a vontade, aquele clima de desconhecidos havia sido substituído por uma boa conversa e ácidas respostas. Ele me olho e disse: - Você é fantástico! Não sei o que seria da minha sem você. Eu que havia esperado ouvir aquilo por três meses só conseguir dizer – Eu não sei o que seria de minha vida sem as tuas mentiras! Eu não sei de onde tirei essa frase, acho que de certo modo ela já estava esperando ser dita, pois quem não sente falta de ouvir de vez em quando umas mentiras úteis. Esse tipo de mentira faz bem para a alma, quando ele diz que você está lindo, que seu mundo não faz sentido a não ser quando o ver, que o mundo só é completo com seu sorriso, pode até não ser com amor, pode até não ser verdade, mas faz tão bem ao ego, faz você se sentir feliz amado nem que seja só naquele momento.
Quando fomos dormir não tínhamos nem tocado no passado, o nosso passado. Tudo o que vivemos ficou naquelas noites mal dormidas, nos bilhetes em palpe de caderno (não dá para esquecer o primeiro bilhete que recebi), nas declarações e juras tão secretas, nos beijos, nos abraços, no ciúme e até nas brigas. Nosso passado ficou lá, Só que o destino nos proporcionou mais uma noite juntos, não sei se foi uma despedida, já que ele me abraçou tão forte, por um momento pareceu que estava me sentindo pela última vez, da mesma forma foi o beijo, tão intenso daqueles que só vemos nos filmes. Fomos novamente um só. Dormimos ali abraçados de forma em que nossos corações batiam no mesmo compasso e o meu sem disfarça tão intenso que parecia que ia fulgir. Nenhuma palavra foi dita naquela escuridão. Acho que não haveria palavra certa. Tivemos o mento, o lugar e um ao outro. Talvez isso jamais volte a acontece e é algo que só o tempo dirá. De outro modo, se aquele momento foi uma despedida definitiva foi lindo.

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