(Natália Campos)
Não há dor comparável à desilusão amorosa, e quem nunca foi acometido por tal mal? Resolvi culpar os contos de fadas, os amores de filmes e novelas. Nessas histórias, tudo é tão perfeito: casal apaixonado, provando amor eterno a cada instante. Cheios de frases feitas. Para os corações dos amantes esse roteiro é um prato cheio.
Então conhecemos alguém, e passamos a criar expectativa que seja um relacionamento digno da ficção. E quando descobrimos que não é? Ah, vem decepção. A dor de ter sido enganado. Frustração: outro amor que acaba.
Mas quem nos enganou? O amante? Nós mesmos? Ou os contos de fadas?
Por isso prefiro a realidade, ficção só serve para nos iludir. Na vida real todos têm seus altos e baixos. Ninguém é 24h romântico ou dedicado. É no cotidiano que temos que aprender a driblar mudanças de humor e problemas extra-relação que são levados para casa. E é aí que está o amor verdadeiro, sincero. Aliás, isso soa até redundante. Se não é verdadeiro não é amor. Se não é sincero, não é amor.
Outro dia li uma história que dizia que na vida real não existe Branca de Neve e Rapunzel com seus respectivos principes encantados e cavalos brancos e sim Fiona e Shrek com seu burinho falante. Fiona aceita Shrek como ele é. Eles não são perfeitos mas tiveram final feliz.
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