Despedida

Já faz um mês desde o fim. Eu fui um estúpido, insensível. Não prestei atenção nas vírgulas, e só notei o ponto final, que poderia, facilmente ter se transformado em reticências...

Fiz besteiras, falei inverdades, dei vazão ao ódio e fui um completo sacana.

Imaginei o pior. Achei que só eu estava sofrendo, e que eu era o único mortal que conhecia a fossa. Que o fim tinha chegado por que ele já estaria em um novo começo. Pensei: “as coisas foram muito rápidas pra ele... nada do que ele me falou poderia ser verdade. Se fosse, ele não me esqueceria assim, tão rápido!”

E continuei com o meu plano de me fazer de feliz, pra quem sabe acabar acreditando que eu realmente estava. Deu certo por um tempo. Ótimo pra mim.

Quando finalmente estava tudo tranqüilo, quando finalmente a poeira baixou, fiz aquilo que mais temo fazer: pedi desculpas.

Sim, falei tudo, coloquei tudo na mesa. Não estava esperando uma reconciliação. Isso não é nada a minha cara. Às vezes, SEMPRE, o meu orgulho fala mais alto.

E pra minha surpresa, a sinceridade tomou conta dos nossos seres. Acho que foi a única vez que fomos sinceros por inteiro.

Ouvi com atenção. E o resultado foi que a minha imaginação fértil e maligna me trará mais uma vez. Que tudo poderia ter sido colocado no lugar com um pedido de PERDÃO e um beijo apaixonado.

Mas ele estava disposto a terminar, e eu não estava disposto a engolir meu orgulho.

Não tem mais volta. Não sou do tipo que pede pra voltar e muito menos que esquece o que foi dito.

A lição foi absorvida, e agora é prestar atenção para não errar nos próximos. Por haverão próximos, não tenho dúvida. Não sei se iguais. Provavelmente não. Mas espero que melhores, por que só vale à pena se evoluir. Mas não vai ser fácil.

Dica do titio: Você só vai conseguir ser feliz com alguém se você aprender que poder ser feliz sem esse alguém. O importante é ser feliz consigo mesmo.