Desejo...

Teus olhos... Provocam o meu lado mais libidinoso. Tua boca... Desbrava meu corpo como se fosse uma selva. Teu cheiro... Faz certas partes de minha anatomia empedrar. Tuas mãos... Desnudam meu corpo e me tornam refém do meu desejo. E de repente, uma força maior do que eu me domina, me torna um animal voraz, que procura no seu corpo saciar à sua sede. Por um momento nós dois não passamos de feras, é um desejo de ser e pertencer um ao outro, mesmo que por poucas horas, mesmo que não diga eu te amo, mesmo que não lembre meu nome amanhã. Somos dois em um, o que prova isso é meu sexo junto ao seu e, em movimentos peristálticos nossos corpos dançam mesmo sem nunca terem se tocado antes, e les sabem o caminho à seguir. Nossas vozes cantam descompassadas, e entre luzes e balanços chegamos ao ápice do nosso momento, ao resultado do nosso desejo voraz.